sábado, 31 de julho de 2010

Não era mais um pesadelo,

E a fila de preto avançava para nós em meio à névoa gelada que seus pés levantavam.
Vamos morrer, pensei, em pânico. Eu estava desesperada por causa da preciosidade que protegia, mais pensar nisso já era um lapso de atenção a que não tinha direito. Eles se aproximavam como fantasmas, os mantos escuros ondulados levemente com o movimento. Vi suas mãos crisparem-se em garras de osso. Eles se separaram, aproximando-se de nós por todos os lados. Éramos em menos número. Estava acabando. E, então, como a explosão de luz de um flash, a cena toda ficou diferente. Apesar de nada ter mudado. - Os Volture ainda encurralavam, prontos para matar. Só que realmente se modificoufoi minha percepção do quadro. De repente, eu ansiava por aquilo. Eu queria que eles atacassem. O pânico se trasnformou em desejo de sangue, enquanto eu me agachava, com um sorriso no rosto, e um rosnado atravessava meus dentes expostos.

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