quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Eu cresci com a mamãe me dizendo ,

O quanto eu tinha que ser grande e independente. Cresci sabendo que eu tinha que dá amor, para ganhar. Cresci sabendo que na vida eu iria sofrer, quebrar a cara pra um dia poder aprender. Minha infância foi ótima, bem aproveitada. Até chegar minha adolescência. Até saber o que é o “amor”. Até descobrir que ele nos deixa sem reação, nossas pernas ficam bambas, nossa pupila se dilata, nosso cérebro da voltas e voltas. Nosso coração bate disparadamente por segundos. Achamos que ele é a razão de nossa vida. Até depois dele vários aparecer. E você vai aprendendo com os relacionamentos. Vai vendo que as pessoas nem sempre são o que parece ser. Que existem sim, pessoas querendo te ver lá em baixo. Querendo te magoar. Querendo te fazer sofrer, mais cabe a você decidir por quem sofrer. O tempo vai passando, pessoas entram e sai de nossas vidas. Algumas têm o dom de permanecer. Conselhos, conversas, brigas, lágrimas, amores, ilusões, abandono. Você vai passar por tudo isso. E é caindo que você aprende. Depois, chega a fase adulta, e lá vem os problemas. Filhos, marido, contas, trabalhos.. Humpf! Enfim, cabelos brancos, preocupações. Depois? Netos, bisnetos... E é nessa faze que você para e relembra tudo que já passou. Todas as brincadeiras no parquinho, todos os amores não correspondidos, todas as brigas, todas as conversas, todas as lágrimas, o arrependimento. Depois disso, vem a morte. Isso se ela não vir mais cedo. E quando se ama de verdade, nem ela é capaz de fazer apagar, as conversas com o amor da sua vida, todas as lágrimas que ousavam cair sem querer, todos os risos que você deu sem vontade. Todos os conselhos de pessoas que jamais esquecera. De todos os beijos que te roubaram o fôlego. De todos aqueles que te fizeram bem, ou mal.

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